Partidos e Estruturação de Preferencias Eleitorais em Moçambique (1994-2014)

O estudo que se debruça sobe os partidos políticos em Moçambique na sua relação com a preferências eleitorais, procura compreender de que maneira os partidos políticos em Moçambique conseguem estruturar as preferências dos eleitores. A luz dos resultados das eleições em Moçambique, verificamos que desde as primeiras eleições gerais realizadas em 1994, há uma tendência de baixa participação eleitoral, que inicialmente esteve na media de 88%, cujo o ponto mais alto do desinteresse dos eleitores pela política foi em 2004, quando a participação eleitoral foi de 36%. A metodologia que iremos empregar neste estudo será uma junção da qualitativa e quantitativa, como forma de facilitar a compreensão do objeto do nosso estudo, iremos dar ênfase os dado eleitorais e as dinâmicas contextuais bem como as razões que levam com que os partidos políticos não conseguem estruturar preferências eleitorais. O nosso referencial teórico, será baseado nos estudos da democracia representativa e voto, sustentado por Putkin, Manin, Fleischer, Sartori, entre outros. A hipótese deste artigo avança a ideia segunda a qual, os partidos políticos em Moçambique não conseguem estruturar as preferências eleitorais por um lado pela crise que a democracia representativa esta passando num sentido lato (desconexão dos interesses dos partidos e dos eleitores) como explicado por Boaventura Souza Santos.

Fidel Terenciano /Universidade Federal de São Carlos
Carlos augusto souza